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O Método Zaba: as dimensões de um material didático de história do século XIX

Atualizado: 19 de jan. de 2023

Título completo: O Método Zaba: as dimensões de um material didático de história do século XIX


Autor: Leandro Antonio de Almeida


In: Anais do XII Encontro Estadual de História da ANPUH-BA, 25 a 28 de julho de 2022


Trabalho completo disponível aqui ou aqui.


Apresentado no Simpósio Temático 07 - DIDÁTICA DA HISTÓRIA: perspectivas teóricas, caminhos metodológicos e experimentos com o aprendizado histórico


Link para o simpósio temático aqui.


Resumo do texto:

O objetivo deste trabalho é abordar materiais didáticos de História numa perspectiva histórica. A grande maioria das pesquisas sobre materiais didáticos de História foca os livros e coleções didáticas, a ponto de ensejarem balanços historiográficos específicos sobre esse produto da indústria cultural voltado ao ambiente escolar. Outro material comumente analisado são os livros de leitura, que posteriormente levaram o nome de paradidáticos, os quais complementavam as aulas do professor a partir de narrativas com temas históricos.

Optamos aqui por abordar materiais diferentes das coleções, compêndios e livros de leitura. Para isso, vamos explorar o Método Zaba. Levando o nome de seu formulador, ele baseava-se no chamado método mnemônico polonês, que se difundiu na França e Inglaterra a partir dos anos 1830. Radicado na Inglaterra, a partir de 1870, Napoleon Felix Zaba iniciou uma viagem por diversos países, incluindo o Brasil, para apresentar seu método de Ensino de História. Para isso, ele publicava uma edição impressa da sua proposta, ensinava uma criança ou jovem por cerca de 15 dias e fazia apresentações públicas para mostrar a eficácia do seu método. No Brasil, entre julho de 1870 e setembro de 1871, Zaba fez apresentações no Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas, Salvador e Recife.

Seu método de História Universal é caracterizado por um conjunto de tabelas, uma correspondente a cada século, divididas em cem quadrados, cada um com nove compartimentos, nos quais eram inseridos símbolos referentes dimensões diferentes dos fatos históricos. A eles era acompanhada uma listagem de fatos, a chave, organizada cronologicamente. As tabelas preenchidas ajudava os estudantes a relembrar esses fatos e datas a partir dos símbolos. Nesse sentido, o método se vale do paradigma de ensino da época, que concebia a história como memorização de fatos, buscando otimizá-lo a partir da visualização e iconização da história.



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